03/04/2010

Por que o ovo e o coelho são símbolos da Páscoa?

A maior celebração cristã (junto com o Natal, claro) tem sua origem na festa judaica do Pessach - que significa "passagem" em hebraico, uma referência à saída dos judeus do Egito e sua libertação da escravidão, com a chegada à terra prometida sob a liderança de Moisés. Durante a festa judaica, o ovo - um dos únicos alimentos que não perde a forma depois de cozido - é utilizado como símbolo do povo de Israel. Em determinado momento, o chefe de família se levanta e diz: "O povo de Israel é como esse ovo, que, quanto mais cozido na dor e no sofrimento, mais preserva sua unidade e sua identidade". (Evidentemente, naquela época o ovo ainda não era de chocolate.) A comemoração foi adaptada pelo cristianismo para relembrar a ressurreição de Cristo, que também representa a renovação da vida. "Já o coelho foi uma forma de popularizar a festa", diz Maria Ângela de Almeida, teóloga da PUC-SP.
Desde o antigo Egito, o animal era símbolo da fertilidade devido à sua incrível capacidade de procriação. "O Pessach teve origem em ritos tribais, cujo objetivo era celebrar a paz entre os povos. O cordeiro era repartido entre os chefes das tribos, num jantar comunitário que reforçava suas alianças. Nesse contexto, o coelho veio substituir o cordeiro", afirma Maria Ângela.

O que é o Santo Sudário?

É um pano de linho com 4,36 metros de comprimento e 1,1 metro de largura que teria sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. O primeiro registro histórico data de 1354, quando ele foi entregue a uma igreja na cidade francesa de Lirey pelo conde Geoffroi de Charnay. Em 1535, três anos depois de ter escapado de um incêndio, o sudário foi transferido para a Itália, onde está exposto até hoje na Catedral de São João Batista, em Turim. Ao longo dos últimos séculos, a autenticidade da peça se transformou no centro de uma das polêmicas científicas mais acaloradas da história, envolvendo milhares de estudiosos.
A dúvida já vinha da própria Idade Média, tanto que, no século XIV, o papa Clemente VII declarou que era mais seguro afirmar que se tratava apenas de uma pintura representando o verdadeiro sudário de Cristo, para pôr fim ao bate-boca entre os religiosos. Mais de 500 anos depois, porém, a discussão voltou à tona por causa de uma fotografia tirada em 1898. O que antes não passava de manchas sem muita definição revelava-se agora a imagem nítida de uma pessoa, em negativo (a forma correta como as feições ficariam impressas no pano). Em 1973, o Vaticano liberou o sudário para análises científicas e o criminologista suíço Max Frei descobriu que o tecido possui vestígios de pólen de plantas que existiam na Palestina no início da era Cristã, um indício importante a favor da autenticidade da peça. Em 1988, no entanto, um consórcio de três laboratórios concluiu, com base no método de datação do carbono-14, que a peça teria sido produzida entre os anos 1260 e 1390 - mas nem esse resultado trouxe um consenso científico. Vários estudos indicam que o exame pode ter sido realizado de maneira inadequada. Em 1994, os químicos russos Dmitri Kouznetsov e Andrei Ivanov mostraram que o forte calor ao qual a peça foi submetida durante o incêndio de 1532 pode ter fornecido pistas falsas: o carbono gerado pelas queimas poderia ter se incorporado ao tecido, alterando o resultado do teste. Além disso, os microorganismos que se desenvolveram na trama ao longo dos últimos séculos também poderiam ter invalidado os testes. Em 1995, foi descoberta uma espécie de verniz produzido naturalmente pelos fungos e bactérias do sudário, material que, de acordo com os microbiologistas Leoncio Garza-Valdés e Stephen Mattingly, também poderia ter afetado a datação pelo carbono-14. Ainda na década de 90, o químico Alan Adler demonstrou que, além de possuir vestígios de sangue, o tecido estaria impregnado de substâncias liberadas pelo organismo em situações de estresse, fortalecendo a tese de que o sudário teria sido realmente a mortalha de Cristo.
Para completar, em um artigo publicado há apenas três meses, outro químico, Raymond Rogers, da Universidade da Califórnia, afirma que os testes de 1988 usaram amostras inadequadas e que o método de confecção do sudário indica que ele foi feito muito antes do século XIII. Ainda assim, vários cientistas continuam defendendo a análise com carbono-14. E a Igreja? Desde que começaram esses testes científicos, o Vaticano adota uma postura neutra. "Não cabe à Igreja, mas sim à ciência, descobrir se a peça é autêntica ou não. Para os católicos, se um dia vier a ser provado que se trata apenas de uma pintura muito bem feita, seu valor simbólico continuará falando mais alto", diz o padre Dimas Lara Barbosa, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Fonte: Revista Mundo Estranho

A Lenda do Santo Graal

O que é a lenda do Santo Graal?
por Por Cíntia Cristina da Silva

É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã. Na Antiguidade, os celtas - povo saído do centro-sul da Europa e que se espalhou pelo continente - possuíam um mito sobre uma vasilha mágica. Os alimentos colocados nela, quando consumidos, adquiriam o sabor daquilo que a pessoa mais gostava e ainda lhe davam força e vigor. É provável que, na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda "cristianizada" sobre o Santo Graal. Na literatura, os registros pioneiros dessa fusão entre a mitologia celta e a ideologia cristã são do século 12. "As lendas orais migraram para textos de cunho historiográfico, desses textos para versos e dos versos para um ciclo em prosa", diz o filólogo Heitor Megale, da Universidade de São Paulo (USP), organizador do livro A Demanda do Santo Graal, que esmiúça esse tema.
Ainda no final do século 12, o escritor francês Chrétien de Troyes foi o primeiro a usar a lenda do cálice sagrado nas histórias medievais que falavam sobre as aventuras do rei Artur na Inglaterra. A partir daí, outros autores, como o poeta francês Robert de Boron, no século 13, reforçaram a ligação entre os mitos do cálice e do rei Artur descrevendo, por exemplo, como o Santo Graal teria chegado à Europa. Foi Boron quem acrescentou um outro nome importante nessa história: o personagem bíblico José de Arimatéia. Nos romances de Boron, Arimatéia é encarregado de guardar e proteger o Santo Graal. Apesar das várias referências cristãs, essas histórias não são levadas a sério pela Igreja Católica. "O cálice da Santa Ceia tem o valor simbólico da celebração da eucaristia. Já seu poder mágico é só uma lenda", diz o teólogo Rafael Rodrigues Silva, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Poderosa ou não, o fato é que essa relíquia cristã jamais foi encontrada de fato.
A jornada do cálice
Romances medievais contam que, de Jerusalém, ele teria sido levado para a Inglaterra
1. Em Jerusalém, durante a última ceia com os 12 apóstolos, Jesus Cristo converte o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue - esse sacramento, denominado eucaristia, é um dos pontos máximos dos rituais cristãos. O cálice usado por Cristo nessa ocasião é o chamado Santo Graal
2. Após a última ceia, Jesus é preso e crucificado. Um judeu rico que era seu seguidor, José de Arimatéia, pede autorização para recolher o corpo e sepultá-lo. Antes, porém, um soldado romano fere o corpo de Cristo para ter certeza de sua morte. Com o mesmo cálice usado por Jesus na última ceia, José de Arimatéia recolhe o sangue sagrado que escorre pelo ferimento
3. Após sepultar o corpo de Cristo, José de Arimatéia é visto como seu discípulo e acaba preso, sendo recolhido a uma cela sem janelas. Todos os dias uma pomba se materializa no local e o alimenta com uma hóstia. Mesmo após ser libertado, Arimatéia decide fugir de Jerusalém e ruma para a atual Inglaterra na companhia de outros seguidores do cristianismo. Ele cruza a Europa levando o Graal
4. José de Arimatéia funda a primeira congregação cristã da Grã-Bretanha, onde se localiza a atual cidade de Glastonbury. Nos romances medievais, nessa mesma região ficava Avalon, o lugar mítico que guardaria depois o corpo do rei Artur. Arimatéia prepara uma linhagem de guardiães do Santo Graal, pois o cálice dá superpoderes a quem o possui. Seu primeiro sucessor nessa missão é seu próprio genro, Bron
5. Com o tempo, o Santo Graal e seus guardiães se perdem no anonimato. Quem tenta reencontrar o objeto é justamente o rei Artur, que tem uma visão indicando que só o cálice sagrado poderia salvar sua vida e também o seu reino de Camelot - que ficaria onde hoje há a cidade de Caerleon, no País de Gales. Leais companheiros de Artur, os cavaleiros da Távola Redonda saem em busca do cálice, sem jamais encontrá-lo
Monarca fictício
Histórias sobre o rei Artur se popularizaram no século 12
A cultura celta foi o ponto de partida não só do mito sobre o cálice sagrado, como também do personagem que tornou o Santo Graal popular no mundo inteiro. A criação do lendário rei Artur pode ter sido inspirada num homem de verdade, um líder celta, que teria vivido na Inglaterra por volta do século 5. Mas foi só a partir do século 12 que os primeiros textos com as aventuras de Artur e sua busca pelo Graal fizeram sucesso.
Formas imaginárias
O objeto já foi descrito das mais diferentes maneiras
Simples e redondo
A primeira vez que ele aparece num romance medieval é em Le Conte du Graal ("O Conto do Graal"), do francês Chrétien de Troyes, no século 12. Ele é descrito não como um cálice, mas como uma tigela redonda e simples
Luxuoso e talhado
Em outros textos, que permanecem de autoria desconhecida e são datados entre os séculos 12 e 13, o Graal aparece na forma de um cálice bastante luxuoso, talhado em 144 facetas incrustadas de esmeraldas
Divino e intocável
Em The Queste Del Saint Graal ("A Busca do Santo Graal"), texto do século 13 creditado ao francês Robert de Boron, o cálice é descrito como um objeto divino sem forma. Somente alguém puro e casto poderia tocá-lo.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Se Jesus fosse vendido hoje, quanto Judas teria recebido?

É quase impossível estabelecer um valor definitivo – o máximo que se pode fazer é comparar, naquele tempo e nos dias de hoje, o poder de compra da grana que Judas faturou. Primeiro, vamos ao que diz a Bíblia. Na Judéia do século 1, Judas, um dos 12 apóstolos de Jesus, teria ganho 30 moedas de prata para entregar a identidade de seu mestre aos sacerdotes judeus, lideranças religiosas de Jerusalém que queriam matá-lo. Ao que tudo indica, o dinheiro do suborno era um pé-de-meia bem razoável. "No Império Romano, do qual a Judéia fazia parte, as moedas de prata eram comuns no comércio de elite, como na troca de terras, por exemplo. Com as 30 moedas que Judas ganhou, dava para comprar uma pequena fazenda", diz o historiador e especialista em moedas Cláudio Umpierre Carlan, do Museu Histórico Nacional. Com os preços de sítios na atualidade, podemos tentar uma aproximação de valores – lembrando sempre que estamos fazendo um exercício de imaginação e não uma conta exata. Só para dar uma idéia, uma chácara de 1 000 m2 , com benfeitorias, próxima a Manaus, no Amazonas, sai por cerca de 20 mil reais. Em uma área mais valorizada, como a zona rural de São José dos Campos, no interior de São Paulo, uma chácara igual vale perto de 40 mil reais. Antes de bater o martelo, porém, vamos analisar uma outra pista da Bíblia. Em seus escritos, o evangelista Mateus afirma que Judas se arrependeu, devolveu o dinheiro aos sacerdotes e se enforcou depois de ter traído Jesus. Com a grana de volta, os religiosos teriam comprado um cemitério. No nosso paralelo com os dias de hoje, um cemitério não muito grande, com espaço para 2 mil sepulturas, ocupa uma área de 15 mil m2. Mas qual era o valor de uma área dessas no Oriente Médio do século 1? "Como Jerusalém era uma cidade muito povoada, existiam poucos terrenos vazios e eles não deviam ser muito baratos", afirma outro historiador, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Comparando a Jerusalém do século 1 com uma metrópole em expansão nos dias de hoje, como Ribeirão Preto (SP), chegaríamos a um outro valor hipotético: nessa cidade, um terreno de 15 mil m2 , sem benfeitorias, custa cerca de 50 mil reais. É o máximo que dá para especular sobre o "preço" de Jesus, já que a Bíblia não oferece muitos detalhes sobre o episódio.

Santos e Orixás

Qual a ligação entre os santos católicos e os orixás?

Cada um dos 16 orixás - as entidades cultuadas no candomblé e na umbanda - corresponde a um ou mais santos católicos. Dá para explicar essa ligação contando um pouco da história do período colonial no Brasil. Naquela época, chegaram ao país os primeiros africanos de origem iorubá, um povo que ocupava a região onde hoje ficam Nigéria, Benin e Togo. A religião dos iorubás era o candomblé, mas eles aportaram no Brasil como escravos e não podiam cultuar suas divindades livremente - você sabe, a religião oficial do país era (e é) o catolicismo. Por causa dessa proibição, os escravos começaram a associar suas divindades com os santos católicos para exercerem sua fé disfarçadamente. Como os santos católicos são bem numerosos, existem divindades que são identificadas com mais de um santo. Por exemplo: Oxóssi, o rei da caça, é associado a São Jorge e a São Sebastião. "Essa relação com um ou outro santo depende da região do país, variando de acordo com a popularidade do santo no local", diz o sociólogo Reginaldo Prandi, autor do livro Mitologia dos Orixás. Claro que a associação não é exata: ao contrário dos santos católicos, os orixás são entidades com virtudes e defeitos, e seus seguidores acreditam que eles conhecem o destino de cada um dos mortais. Bom, só faltou falar um pouquinho da relação dos orixás com a umbanda, uma religião genuinamente brasileira, surgida na década de 30 no Rio de Janeiro a partir da combinação de elementos do candomblé, do catolicismo e do espiritismo. Assim como o candomblé, a umbanda também cultua os orixás. Mas os umbandistas representam essas divindades com imagens diferentes, além de cultuarem outros três espíritos, o preto-velho, o caboclo e a pomba-gira. Nenhum deles aparece no candomblé.
Altar democrático
Veja como as cinco principais entidades do candomblé e da umbanda se relacionam com as católicas
ORIXÁ: Iemanjá
SANTA CATÓLICA: Nossa Senhora da Conceição
Iemanjá é a deusa dos grandes rios, mares e oceanos. Na umbanda, ela é cultuada como mãe de muitos orixás e identificada com Nossa Senhora da Conceição - uma das manifestações católicas da Virgem Maria, mãe de Jesus. No candomblé, ela é representada como uma negra e usa roupas africanas
ORIXÁ: Iansã
SANTA CATÓLICA: Santa Bárbara
Esposa de Xangô, a Iansã do candomblé e da umbanda é a deusa dos raios, dos ventos e das tempestades. Na doutrina católica, ela corresponde a Santa Bárbara - também uma protetora contra raios, tempestades e trovões
ORIXÁ: Xangô
SANTO CATÓLICO: São Jerônimo e São João
Tanto para o candomblé quanto para a umbanda, Xangô é o deus do trovão e da justiça. Ele é associado a dois santos católicos: São Jerônimo, que no final do século 4 traduziu alguns livros da Bíblia do hebraico e do grego para o latim, ou São João, que pregava a conversão religiosa e batizou Jesus
ORIXÁ: Ogum
SANTO CATÓLICO: Santo Antônio e São Jorge
Para a umbanda e o candomblé, Ogum é o orixá da guerra, capaz de abrir caminhos na vida. Por isso, costuma ser identificado com Santo Antônio, o "santo casamenteiro", ou com São Jorge, santo guerreiro que é representado matando um dragão
ORIXÁ: Oxalá
SANTO CATÓLICO: Jesus
Na umbanda e no candomblé, Oxalá é a divindade que criou a humanidade - por isso, ele se equivale a Jesus, uma das manifestações do Deus triuno do catolicismo (pai, filho e espírito santo). Além de ter modelado os primeiros seres humanos, Oxalá também inventou o pilão para preparar inhame e é considerado o criador da cultura material.

Fonte: Revista Mundo Estranho
Quantas crianças teriam sido mortas por Herodes na época do nascimento de Cristo?
por Artur Louback Lopes

Cerca de 20. Se você não entendeu a pergunta, não sabe quem foi Herodes e por que ele teria matado 20 crianças inocentes, aí vai uma explicação. Herodes era o governador da Judéia na época em que Jesus Cristo teria nascido. Ao receber a notícia de que o Messias teria vindo ao mundo na cidade de Belém, Herodes preferiu cortar o problema pela raiz antes que o tal salvador de fato se transformasse em um problema para ele. Foi então que ordenou que seus guardas matassem todos os meninos com menos de 2 anos que encontrassem na cidade de Belém e nos seus arredores. Claro que ninguém tem certeza de que isso realmente aconteceu, da mesma forma que não se tem certeza sobre os feitos de Jesus Cristo na Terra. De qualquer forma, supondo que o massacre dos bebês tenha acontecido, alguns historiadores tentam calcular qual seria a dimensão desse crime. O americano Raymond Brown, autor do livro O Nascimento do Messias, estima que a vila de Belém tinha cerca de mil habitantes na época e cerca de 20 se enquadravam nas características do menino Jesus, que, graças a um anjo, escapou da degola. Durante um sonho, o tal anjo cantou a bola para José, que, sem perder tempo, pegou sua esposa Maria e o menino Jesus e se mandou para o Egito. É difícil estimar qual seria a dimensão desse infanticídio hoje, mas se considerarmos a população atual da cidade de Belém, podemos fazer uma projeção. Dois milênios depois do nascimento de Jesus, a cidade continua com ares de vila, com 27 mil habitantes. Portanto, é provável que o número de meninos menores de 2 anos não chegue a 500 (considerando a mesma proporção da época de Herodes). Já seria uma chacina e tanto, mas o crime seria de fato catastrófico se considerássemos uma grande cidade como São Paulo, onde, segundo o último levantamento do IBGE, vivem 709 mil crianças com menos de 3 anos. Outro dado interessante: em 2003, segundo o Ministério da Saúde, 888 meninos com menos de 1 ano morreram na cidade de São Paulo, ou seja: em um ano, sem nenhuma catástrofe, morreram 44 vezes mais crianças do que na chacina de Herodes.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Vários Messias

Que homens já foram considerados Messias, antes e depois de Jesus?
por Roberto Navarro

Praticamente todas as grandes religiões do mundo têm uma figura messiânica, que virá para combater o mal e a injustiça, restaurando o paraíso sobre a Terra. A palavra "Messias" deriva do termo hebraico mashiah, que significava originalmente "ungido", indicando alguém marcado na testa com óleo sagrado para realizar cerimônias religiosas. Com o passar do tempo, seu sentido passou a descrever uma figura semidivina que deveria vir à Terra para resgatar seu povo - um salvador. Para os judeus, ele deveria ser um rei descendente de Davi (que reinou no antigo Israel entre 1000 a.C. e 962 a.C.), com a missão de livrar os israelitas da opressão estrangeira e implantar um mundo de justiça e salvação. Quando o Novo Testamento foi escrito, em grego, no primeiro século da era cristã, a expressão mashiah foi traduzida como christos e tornou-se o título de Jesus - ou seja, dizer "Jesus Cristo" é o mesmo que dizer "Jesus, o Messias". Mas, como dissemos no início, o conceito de Messias não se limita ao judaísmo e ao cristianismo. Veja a seguir alguns homens que, em épocas, culturas e lugares variados, foram considerados como encarnações do Messias.

Todas as maiores religiões possuem figuras equivalentes ao Messias

JESUS
RELIGIÃO - Cristianismo
ÉPOCA - Século 1
De início, foi reconhecido como Messias por grupos judeus que viram nele a encarnação de profecias do Velho Testamento, apontando para a vinda de um salvador. Mais tarde, ao pregar a existência de um mundo mais justo onde todos poderiam ser salvos por mérito próprio, foi considerado Messias por seus seguidores, que dariam origem a uma nova religião, o cristianismo.

SIDARTA GAUTAMA
RELIGIÃO - Budismo
ÉPOCA - Séculos 6 e 5 a.C.
Conhecido como Buda Sakyamuni ("o sábio do clã Sakya"), foi um líder espiritual no que hoje é o Nepal. Abandonou a vida nobre para buscar a salvação da humanidade. Séculos mais tarde, influências da religiosidade chinesa fizeram com que Sidarta fosse representado como um homem gordo - mas ele vivia como mendigo.

IBN TUMART
RELIGIÃO - Islamismo
ÉPOCA - Século 12
A religião aceita a existência de um líder com inspiração divina, o mahdi. Nascido em 1080 no atual Marrocos, Ibn Tumart foi reconhecido como mahdi por seus seguidores ao pregar uma rigorosa doutrina jurídica e religiosa baseada no estudo cuidadoso do livro sagrado, o Alcorão. Não há desenhos dele porque o islamismo veta a veneração de imagens.

KRISHNA
RELIGIÃO - Hinduísmo
ÉPOCA - Século 5 a.C.
Embora sua existência real seja controversa, Krishna teria sido um pastor que viveu no que hoje é a Índia, tendo dedicado sua vida inteira à luta para proteger a virtude e expulsar da Terra os espíritos do mal. Foi reconhecido como Messias por várias correntes do hinduísmo e também pelos adeptos da RELIGIÃO - bahaísta, nascida no atual Irã.

SIMÃO BAR KOKHBA
RELIGIÃO - Judaísmo
ÉPOCA - Século 2
Líder de um movimento político que virou revolta contra os ocupantes romanos de Jerusalém, foi reconhecido como Messias e rei pelos principais rabinos do judaísmo da ÉPOCA - por seu papel na luta contra a opressão. Deflagrou uma guerra contra os romanos entre 133 e 135, mas foi morto, e seu movimento acabou derrotado.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Ano do Nascimento de Cristo

Qual foi o ano do nascimento de Cristo?
por Luís Joly

O ano em que Cristo nasceu só passou a ser tido como 1 d.C. ("depois de Cristo") séculos depois. Na época do nascimento, assim como hoje, havia várias formas de contar o tempo, mas, para a maior parte das pessoas que viviam sob a influência do Império Romano, 1 d.C. era 754 a.U.c., ou seja, 754 anos passados desde a criação de Roma. Porém, o calendário romano não era padrão nem entre os romanos: a contagem também era feita pelos anos de reinado de cada imperador e, segundo esse calendário, o ano anterior ao nascimento de Cristo era o 31º ano de Augusto ou ainda o 46º ano do calendário criado por Júlio César. A definição de que o nascimento de Cristo seria o ano 1 só veio muito tempo depois, por volta de 1286 a.U.c, quando um frade chamado Dionísio, o Pequeno, fez alguns cálculos e determinou que aquele era o ano 532 depois do nascimento de Cristo (d.C.). Mas alguns séculos depois os cálculos foram refeitos e levantou-se a questão de que o pequeno grande Dionísio teria errado nos seus cálculos e, portanto, nosso calendário pode estar de quatro a seis anos atrasado.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Ano do Nascimento de Cristo

Qual foi o ano do nascimento de Cristo?
por Luís Joly

O ano em que Cristo nasceu só passou a ser tido como 1 d.C. ("depois de Cristo") séculos depois. Na época do nascimento, assim como hoje, havia várias formas de contar o tempo, mas, para a maior parte das pessoas que viviam sob a influência do Império Romano, 1 d.C. era 754 a.U.c., ou seja, 754 anos passados desde a criação de Roma. Porém, o calendário romano não era padrão nem entre os romanos: a contagem também era feita pelos anos de reinado de cada imperador e, segundo esse calendário, o ano anterior ao nascimento de Cristo era o 31º ano de Augusto ou ainda o 46º ano do calendário criado por Júlio César. A definição de que o nascimento de Cristo seria o ano 1 só veio muito tempo depois, por volta de 1286 a.U.c, quando um frade chamado Dionísio, o Pequeno, fez alguns cálculos e determinou que aquele era o ano 532 depois do nascimento de Cristo (d.C.). Mas alguns séculos depois os cálculos foram refeitos e levantou-se a questão de que o pequeno grande Dionísio teria errado nos seus cálculos e, portanto, nosso calendário pode estar de quatro a seis anos atrasado.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Diferença entre Protestantes e Evangélicos

Qual é a diferença entre protestantes e evangélicos?
por MARINA MOTOMURA

Os dois nomes referem-se aos cristãos que romperam com a Igreja Católica durante a Reforma Protestante. O termo protestante vem do documento formal de protesto – Protestatio – que os luteranos apresentaram em uma assembléia em 1529, manifestando a sua oposição à política religiosa adotada pela Igreja Católica. Já o nome evangélico vem do fiel que se submete ao ensinamento contido nas “boas-novas” (evangelium, em latim) trazidas por Jesus. Os protestantes se declaravam seguidores do Evangelho – um dos seus princípios durante a Reforma era o da Sola Scriptura (“Só a Escritura”, em latim). Isso significava que, para os protestantes, apenas a Bíblia era fonte de revelação suprema, e que não deveria ser permitido à Igreja fazer doutrinas fora dela. Todos esses movimentos estimulavam o fim do monopólio da Igreja sobre a interpretação da Bíblia e reivindicavam que todo e qualquer cristão pudesse ler as Escrituras e tirar delas o que quisesse. Os protestantes recusavam a idéia de que um único líder – o papa – deveria guiar os rumos da religião. Sem um “chefe”, cada grupo começou a se fragmentar em diversas correntes, com pequenas divergências doutrinárias. Abaixo você confere a diferença entre os principais ramos do cristianismo. :-D

CADA UM COM SUA CRUZ
Divergências entre cristãos deram origem a várias denominações religiosas

CRISTIANISMO
Jesus pregava que a mensagem de Deus destinase a toda a humanidade, e não apenas ao povo eleito como diziam os judeus. A comunhão de bens, a partilha do pão e o batismo eram alguns dos ensinamentos de Jesus aos seus apóstolos e seguidores, que formavam uma pequena comunidade perto de Jerusalém

IGREJA CATÓLICA
Após a morte e ressurreição de Cristo, seus apóstolos começam a organizar uma religião, com hierarquia e regras. A crença básica da Igreja primitiva era uma só: Jesus é o Senhor, e a salvação dependia da fé n’Ele

GRANDE CISMA
A Igreja Católica cresceu e tornou-se religião oficial do Império Romano, que se dividiu em Ocidental e Oriental. O papa romano e o patriarca de Constantinopla passaram a disputar poder, gerando o cisma

IGREJA ORTODOXA
A denominação “Igreja Ortodoxa” só surge no século 11. Os ortodoxos só admitem ícones como representações de Cristo e de santos. Eles crêem que o Espírito Santo só procede do Pai, e não do Pai e do Filho como os católicos

REFORMA PROTESTANTE - 1517
Martinho Lutero publicou “95 Teses” criticando a condução do cristianismo, como a venda de um lugar no paraíso (as indulgências). John Wyclif, Jan Huss e João Calvino também queriam uma Igreja mais “racional

LUTERANOS
Uma das novidades introduzidas por Martinho Lutero é a possibilidade de livre interpretação da Bíblia – no catolicismo de então, o Livro era em latim e só os padres poderiam “traduzir” o que significavam os versículos das Escrituras

ANGLICANOS - 1534
A religião surgiu por causa do rei Henrique VIII, que queria se divorciar, o que não era permitido pelo papa. Ele nomeou-se “Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra” e rompeu com os católicos de Roma

BATISTAS
Só os cristãos adultos, já conscientes de seus atos, podem ser batizados,mas o ato não é obrigatório para a salvação. Para os batistas, o crente deve escolher por sua própria consciência servir a Deus

METODISTAS
John Wesley deixou a Igreja Anglicana para pregar nas ruas da Inglaterra e fez vários discípulos, que criaram uma nova denominação. Na doutrina metodista, a Bíblia está no centro das fontes de conhecimento teológico

CALVINISTA
João Calvino queria uma religião com maior observância à Bíblia e princípios morais mais rígidos. Uma das doutrinas do calvinismo é a da predestinação: alguns humanos já nascem salvos, enquanto outros não

PENTECOSTALISMO
Surgiram nos EUA movimentos com influência de batistas e metodistas. Eles aceitavam manifestações do Espírito Santo, como a capacidade de curar doentes, de fazer milagres e de falar línguas

NEOPENTECOSTALISMO
Diferem dos pentecostais pelos costumes mais liberais e por adotarem a teologia da prosperidade, que valoriza a riqueza material. Também crêem que o Diabo é o responsável por tudo de mal

ANABATISTA
Só adultos são batizados. Os anabatistas eram conhecidos como a “ala radical” da Reforma Protestante. Pacifistas, eles se recusam a portar armas, usar espadas ou até mesmo prestar serviço militar

AMISH
Grupo cristão baseado nos Estados Unidos e Canadá famoso pelo isolamento. Os amish evitam contato com o mundo exterior: é proibido o uso de equipamentos eletrônicos como telefones e automóveis e pratica-se o casamento intra-religioso

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Não crêem na divindade de Jesus Cristo e nem na Santíssima Trindade. Afirmam adorar exclusivamente a Jeová (Deus). Entre alguns dos pontos polêmicos defendidos por eles, está a proibição da transfusão de sangue entre os fiéis

RESTAURACIONISMO
Os teólogos divergem quanto à classificação de testemunhas, adventistas e mórmons. Alguns afirmam que vieram da insatisfação de protestantes de várias correntes,que queriam “restaurar” o cristianismo original nos EUA

MÓRMONS
Conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – o nome “mórmon” vem de um profeta. O batismo é feito em uma fonte especial, sobre 12 bois, que representam as 12 tribos de Israel

ADVENTISTAS
Os adventistas pregam o retorno de Jesus Cristo. Alguns crêem no sono da alma entre a morte e a ressurreição, e outros fazem a guarda do sábado, dia em que não podem trabalhar. Evitam carne e narcóticos.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Como Jesus Foi Crucificado

Como Jesus foi crucificado?
por Tiago Jokura

A morte de Jesus - lembrada pela Igreja na Sexta-Feira da Paixão - teve início bem antes de ele ser pregado na cruz. Primeiro, Jesus foi submetido a um açoitamento, apenas um dos vários castigos que o enfraqueceriam mortalmente. Preso a uma coluna, Jesus teria sido golpeado nas costas com o flagrum, um chicote com várias tiras de couro e com bolinhas de metal ou lascas de ossos nas pontas. Essas pontas penetravam e esfolavam a pele, causando grande hemorragia e atingindo até músculos e ossos. Citada na Bíblia, uma coroa de espinhos colocada em Jesus - provocação dos soldados romanos ao "Rei dos Judeus" - aumentaria a hemorragia.
Para ficar mais firme, ela poderia ter sido fixada a paulada, penetrando veias, artérias e nervos espalhados pela cabeça. Os historiadores que estudam a morte de Jesus acreditam que, ao carregar a cruz, ele tenha levado "só" o patibulum - a parte horizontal, com peso de até 27 kg. O mais provável é que ele tenha arrastado a peça. Se estivesse amarrado a ela, cairia de cara no chão num tombo.
De acordo com as crucificações da época, o mais comum seria Jesus ter sido pregado no patibulum por três soldados. Um ficava sentado sobre o peito do condenado para imobilizá-lo; outro segurava as pernas e o terceiro era responsável por pregar as mãos. Alguns historiadores defendem que Jesus foi pregado pelos pulsos, ao contrário do que indica a Bíblia. Mas o médico-legista americano Frederick Zugibe fez testes provando que daria para sustentar o peso do corpo com pregos fixados na palma das mãos.
A cruz dos romanos era um T, sem "ponta" no alto cruzando a parte horizontal. A base dela já ficava enterrada no chão. O encaixe do patibulum era feito com dois soldados erguendo suas pontas, enquanto o terceiro segurava o corpo da pessoa crucificada. A maneira como foram pregados os pés de Jesus também é polêmica. Zugibe defende que eles foram presos lado a lado, com os pregos cravados entre os ossos metatarsais e as solas encostadas na cruz. Isso teria sido muito mais prático para os soldados romanos. Em várias pinturas, Jesus tem os pés pregados sobre um apoio de madeira. Mas tais quadros só surgiram no século 9.
Não há registros históricos do uso desse apoio. Jesus também morreu rápido demais para ter uma cruz com assento - que prolongava o sofrimento da vítima. Existem várias teorias sobre do coração perfurado a derradeira causa da morte. Segundo Zugibe, que pesquisa o assunto há mais de 30 anos, Jesus teria sofrido uma parada cardiorrespiratória, em função de choques causados por hemorragia, dores agonizantes e desidratação. A Bíblia diz que um soldado enfiou uma lança no peito de Jesus para confirmar sua morte. Do corte teria escorrido água e sangue. A água pode ter saído da pleura, membrana em volta do pulmão, que teria acumulado fluidos durante o açoitamento. O sangue viria do coração perfurado.
A imagem clássica da cruz - com ela não na forma de um T - teria surgido por causa de uma placa pregada no alto da estaca horizontal. Nela estava escrito, em hebraico, grego e latim, "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus" - ou INRI, na abreviação em latim.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Santos do Antigo Testamento

Por que personagens bíblicos importantes, como Moisés, não são santos?
por Yuri Vasconcelos

Na verdade, embora Moisés, Davi, Salomão e tantos outros personagens do Antigo Testamento não tenham sido oficialmente canonizados, eles são, sim, considerados santos pela Igreja Católica. "Eles
são os santos patriarcas", afirma o teólogo Irineu Rabuske, professor do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Acontece que a Igreja não usa o termo santo para quem veio antes de Cristo - com exceção de são João Batista e dos pais (Virgem
Maria e são José) e avós (são Joaquim e santa Ana) de Jesus. Em geral, as figuraschave do Antigo Testamento recebem o nome de "justos". O processo de canonização só começou a rolar na Igreja no século 10, para disciplinar a criação desenfreada de santos, que, naquela época, era feita a torto e a direito. Não se sabe ao certo quem foi a primeira pessoa oficialmente canonizada pelo Vaticano, mas alguns estudiosos apontam que foi o religioso Ulrich (c.890-973), arcebispo da cidade alemã de Augsburgo. Hoje, o processo de canonização é conduzido pela Congregação para as Causas dos Santos. O catálogo oficial de santos e beatos da Igreja conta atualmente com mais de 6 500 nomes, dos quais apenas seis beatos e um santo (frei Galvão) são brasileiros. $-)
Quais são os santos mais pecadores da história?
por Marina Motomura

As biografias de muitos santos católicos têm passagens cheias de pecados. Desde ex-prostitutas luxuriosas, como Margarida de Cortona e Maria Egípcia, a caçadores de cristãos carregados de ira, como são Longuinho, muita gente cometeu todos os tipos de pecados e se arrependeu, para só então chegar à santidade. Conheça ao lado vários santos e pessoas religiosas que já estiveram bem longe do paraíso e que se renderam à tentação dos pecados capitais.

Santos do pau oco
Para cada pecado capital, vários religiosos e santos dizem amém

INVEJA

QUEM PECOU - Papa Bonifácio VII

Disputas papais cheias de cardeais bonzinhos à espera da fumacinha branca? Nem sempre. Para chegar ao cargo máximo da Igreja, alguns pontífices são acusados de ter mandado empacotar seus antecessores. Bonifácio VII foi o mais cruel deles: estrangulou com as próprias mãos Bento VI em 974. Expulso de Roma, voltou quatro anos depois e ainda depôs Bento VII

IRA

QUEM PECOU - São Longuinho e São Sebastião

Quem já pediu ajuda a são Longuinho para achar um objeto perdido nem imagina que ele era um militar romano, Cássio, cheio de sangue nos olhos: ele não só acompanhou a execução de Jesus como perfurou com a lança o abdome de Cristo, para se certificar da sua morte. No século 3, são Sebastião também foi um militar que engrossou as fileiras romanas, que prendia e perseguia cristãos

VAIDADE

QUEM PECOU - Padres e freiras romanos

Desde 2003, circula no Vaticano um calendário cheio de padres bonitões. O Vaticano afirma que o Calendário Romano, cuja versão 2010 já está à venda na internet (www.calendarioromano.org), não é produto oficial, mas é um sucesso: já vendeu mais de 40 mil exemplares! Em 2008, Roma teve outra demonstração de vaidade religiosa: o padre Antonio Rungi lançou o concurso "Sister Itália" para eleger a freira mais atraente, mas teve que suspender a competição depois de reclamações de fiéis

LUXÚRIA

QUEM PECOU - Santa Margarida de Cortona, Santa Maria, a Egípcia, e Papa Alexandre VI

Rodrigo Borgia, eleito papa Alexandre VI em 1492, tinha duas amantes oficiais. Teve pelo menos sete filhos - as más línguas dizem que ele praticava incesto com uma delas, Lucrécia Bórgia. Santa Margarida de Cortona era concubina de um nobre italiano no século 13 e Santa Maria, a Egípcia, era prostituta em Alexandria, no Egito, no século 4

PREGUIÇA

QUEM PECOU - Monges medievais

A preguiça era tão comum entre monges na Idade Média que havia até castigo para eles: punição com vara. Não se sabe de nenhum santo que tenha ficado nominalmente famoso pela leseira, mas, segundo o livro A History of Women in the West, de Georges Duby, o castigo de vara era uma das regras monásticas prescritas pelo bispo Cesário de Arles

GULA

QUEM PECOU - Vários papas

Dietas não são o forte do Vaticano, famoso pelos banquetes. Dizem que o papa Paulo II até morreu pela boca - em 1471, caiu duro logo após comer dois melões sozinho. O livro Os Segredos da Cozinha do Vaticano, de Eva Celada, narra o rega-bofe que ocorreu quando o papa Leão X assumiu: "Foram 13 serviços, tanto doces quanto salgados, e, no final, como se já não bastasse, um terneiro completo, fervido em vinho branco da ilha de Elba e banhado em pó de ouro". Para quem não sabe, um terneiro é um bezerro de até um ano, inteirinho...

AVAREZA

QUEM PECOU - São Camilo de Lellis

O pecado da avareza é também o pecado da ganância. E são Camilo de Lellis pecou muito por isso. No século 16, na Itália, ele tinha tudo para construir uma carreira de sucesso como militar, mas foi seduzido pela jogatina - não parava de jogar cartas e apostar. Todo o salário que recebia como soldado era gasto em jogo. Acabou na miséria e teve que virar mendigo para só então se emendar.

Fonte: Revista Mundo Estranho

Origem dos Símbolos Religosos

Qual é a origem dos símbolos religiosos?
por Luiz Fujita

CRUZ (Cristianismo)

Símbolos semelhantes já apareciam em culturas pagãs, antes de Cristo. Ela só foi adotada pelos cristãos quando o imperador romano Constantino aboliu as condenações na cruz, no início do século 4. Além de representar a morte de Cristo, a cruz simboliza Deus, Jesus e o Espírito Santo, nas pontas superior, inferior e laterais, respectivamente


ESTRELA DE DAVI (Judaísmo)

Duas pirâmides - uma apontando para cima e outra invertida - representam a união ou equilíbrio entre o céu e a terra. Diz-se que Davi, importante rei de Israel, mandava gravar o símbolo nos escudos de seu exército como amuleto de proteção. A partir daí, a estrela de Davi passou a ser identificada com o povo israelita


LUA CRESCENTE COM ESTRELA (Islamismo)

Estudiosos supõem que, mesmo antes do islamismo, árabes nômades cultuavam a Lua por viajarem à noite. Quando o símbolo foi adotado na bandeira do islâmico império turco-otomano, passou a ser identificado com os muçulmanos. Mesmo assim, muitos fiéis negam a utilização de qualquer símbolo para representar a fé islâmica


OM (Hinduísmo)

É a forma escrita, em sânscrito, do principal mantra hindu. Os mantras são palavras, poemas ou textos entoados durante a meditação para auxiliar na concentração e invocar divindades. Vários textos dos Vedas - as escrituras sagradas hinduístas - começam com Om - pronuncia-se Aum - e significa "aquilo que protege"


SUÁSTICA (Jainismo)

Este símbolo - que também aparece no hinduísmo e no budismo - seria um desenho com quatro letras gregas gama (G), representando os quatro ventos, os quatro pontos cardeais, as quatro estações e outros conceitos da natureza relacionados ao número quatro. Mais tarde, o nazismo inclinou o símbolo e popularizou a suástica com um significado negativo


DHARMACAKRA (Budismo)

Embora muitos não considerem o budismo como religião, a filosofia também carrega sua marca. O círculo de onde partem oito raios é conhecido como Roda do Dharma. Por sua vez, dharma são os ensinamentos de Buda para que se alcance a iluminação, entre eles o Nobre Caminho Óctuplo, com oito vias que levam ao fim do sofrimento


YIN-YANG (Taoísmo)

Estudando as sombras projetadas pelo movimento do Sol, os chineses montaram um tipo de infográfico indicando a duração de dias e de noites ao longo do ano. Esse equilíbrio, fundamental para a agricultura, passou a representar a importância dos opostos e a presença de um dentro do outro - bolinha preta na parte branca, e vice-versa


KHANDA (Sikhismo)

A espada de dois gumes no centro do círculo simboliza o Deus único, cuja infinitude e perfeição é representada pelo círculo. A espada da esquerda se refere ao poder espiritual cruzando o poder político, simbolizado pela espada à direita. O significado político, raro na simbologia religiosa, é resultado das perseguições sofridas pelos sikhs ao longo da história


ESTRELA DE NOVE PONTAS (Fé Bahá'í)

Essa religião persa, fundada em 1844, prega que as lideranças religiosas ao longo dos séculos, como Maomé e Jesus, são enviados de um mesmo Deus. A doutrina elenca nove religiões - representadas pelas pontas - que preenchem essa definição: sabeísmo, hinduísmo, budismo, judaísmo,cristianismo,islamismo, zoroastrismo, fé babí e fé bahá’í


CONSULTORIA - Pedro Lima Vasconcelos, professor de pós-graduação em ciências da religião da PUC-SP

Fonte: Revista Mundo Estranho

10 Razões Porque Não Tomo Banho

Pessoas que não freqüentam os cultos sempre dão algumas desculpas razoavelmente interessantes para justificarem-se. Para mostrar a fraqueza dessas desculpas, alguém elaborou uma lista bem humorada chamada: "DEZ RAZÕES POR QUE NUNCA TOMO BANHO" (apenas substituiu o "ir à Igreja" por "tomar banho").

1 - Fui forçado a tomar banho quando era criança.
2 - Pessoas que se banham são hipócritas - elas se acham mais limpas que as outras.
3 - Há muitos tipos de sabonete, eu nunca decidiria qual usar.
4 - Eu costumava tomar banho, mas tornou-se uma coisa chata.
5 - Nenhum dos meus amigos toma banho.
6 - Tomo banho apenas no Natal ou na Páscoa.
7 - Começarei a tomar banho quando ficar mais velho.
8 - Não tenho tempo.
9 - O banheiro é muito frio.
10 - Os fabricantes de sabonete estão somente atrás do meu dinheiro.

A comparação é óbvia. A maioria das desculpas para não se ir à Casa de Deus, são furadas. Assim também são os motivos pelos quais as pessoas não dão atenção para os assuntos espirituais.
A revista Época, na edição 202, de 01/04/02, em reportagem de Antonio Gonçalves Filho sobre os "evangelhos apócrifos", ressalta que a Páscoa deveria ser a data mais importante para o cristianismo, mais até do que o Natal, visto que o Cristo crucificado e ressuscitado é o centro da fé que move dois bilhões de pessoas no mundo.

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